Há desde os “tempo das cavernas”. É uma manifestação de poder, que tenta enquadrar os indivíduos à ideologia dominante de cada época da sociedade humana. Quem for diferente sofre repetidas humilhações no seu cotidiano. ” Isto é uma multidão; é preciso força de cotovelos para romper. Não sou criança, nem idiota; vivo e só vejo de longe. Não pode imaginar. Os gênios fazem aqui dois sexos, como se fosse escola mista. Os rapazes tímidos, ingênuos, sem sangue, são dominados, festejados, pervertidos como meninas
ao desamparo.” O trecho acima, do livro O ATENEU, escrito por Raul Pompéia no final do século 19, ilustra como a tirania se inicia no ambiente escolar. A instituição é uma amostra da sociedade hostil, onde vivemos . É no colégio que aprendemos o egoísmo, a hipocrisia , a ambição desmedida e a violência. No ambiente familiar e na rua, encontra-se também o bully. Pais, tios, irmãos, colegas e vizinhos cometem essa prática dia a dia. Não deixa de ser uma herança cultural. Até há pouco tempo, não concordava que pessoas com problemas mentais estudassem em escolas comuns. Contudo, percebi que estava errado. A escola que freqüentei é excludente; transforma o aluno num simples número para a estatística do desempenho do vestibular e para aumentar o seu prestígio. Estimula explicitamente e implicitamente a intolerância. A escola deve formar cidadãos humanistas, que visem construir um mundo melhor.
E-mail: dudu.oliva@uol.com.br