Ao pular ágil da cama no primeiro toque do despertador, João Alfredo de Moura e Andrade, pai de família exemplar, filho dedicado, amigo fiel, colega solícito, não tinha como adivinhar o que estava para acontecer naquele dia. Se pudesse, talvez não se levantasse, nem saísse de casa. Seria prudente? Covarde? A solução? Mas levantou, escovou os dentes, tomou café com leite, foi para o trabalho. Tudo bem, não havia como, era impossível prever, não há como culpá-lo. Porque não aconteceu nada. Como sempre.
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