Desde pequeno ganhara esse apelido. Tinha as duas pernas, não fumava cachimbo nem usava gorro vermelho. Mas como escondia bem as coisas! Era alguém sentir falta das meias, do cachorro ou do tacho de goiabada, que já se sabia que era arte dele. Saci não afirmava nem negava, só fazia aquela cara alegre-safada que dizia tudo. E de nada adiantava apressá-lo: cinco minutos ou um mês depois, a coisa perdida aparecia. E tudo voltava ao normal até outro sumiço.
Saci só não conseguiu devolver a Florinda, que ele escondeu no poço do terreno abandonado, quando a mãe dela a procurava pra lhe dar uma sova por ela ter ido pra rede com o Zecão, um dos peões da fazenda. Logo depois, Saci foi acometido de um dos ataques que o pegavam de jeito e nunca mais se lembrou de onde havia escondido a amiga.
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