Invictus

Fui ver. O filme não é ruim, mas fica longe dos trabalhos grandiosos de Clint Eastwood (como “Os imperdoáveis”, “Sobre meninos e lobos”, “Menina de ouro”, “Gran Torino”). Morgan Freeman vai bem como Nelson Mandela. Matt Damon também não está nada mal como o capitão da seleção de rúgbi da África do Sul. Mas falta aquele algo mais que o brilhante diretor sempre nos entrega em suas melhores obras.

Curiosamente, na minha seção a plateia permaneceu em absoluto silêncio por mais de um minuto após o término do filme. Talvez embriagada pela beleza das palavras do poema “Invictus”, de William Ernest Henley, poeta inglês que viveu entre 1849 e 1903: “Sou o senhor do meu destino: sou o capitão da minha alma”. Na voz excepcional de Morgan Freeman, ficou comovente.

Exemplo

Um homem que, em razão de sua atuação política e de sua luta armada contra a segregação racial, passa quase três décadas na prisão sem se deixar vencer é também comovente. A história de resistência de Mandela me rebaixa à condição de pequeno verme quando ensaio hesitação diante das dificuldades banais de meu cotidiano.

As gerações atuais e as futuras precisam ter em mente exemplos como esse. É algo muito maior do que as provas de resistência de um reality show qualquer, cuja repercussão nos pinta num desagradável quadro de exageros fúteis e grotesca superficialidade.

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