Aqui, deste lado,
onde só há vazio
e o reverso,
onde não há lugar
nem para queixa
tampouco verso
Neste lado sombrio,
em que fogem
as noites,
escapando aflitas
entre neblinas
e açoites
Aqui, deste lado,
onde tocam
longe os tambores
sem que num segundo
possam esconder
tantas dores
Neste lado sombrio,
em que nunca
se conhece
e quase nada
por pouco nem
mesmo amanhece
Aqui, deste lado,
onde cai
tanta desilusão,
o que mais falta
no fim de tudo
é mesmo sua mão
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