Sim, o filme “No” (direção de Pablo Larraín, com Gael García Bernal no papel principal) mereceu ter sido indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Mostra a força de uma única palavra (de duas letras!) sobre o aparato da ditadura chilena do famigerado Pinochet.
Mostra também, claro, a podridão humana (em vários sentidos, incluindo o ético). E, por fim, como uma ditadura jamais, jamais, traz algo positivo.
Outro dia escrevi sobre o gosto amargo que sinto na garganta quando vejo "O que é isso, companheiro?" (direção de Bruno Barreto).
Diante da violência e da crueldade das ditaduras, fico pensando o que leva gente a postar nas redes sociais frases atribuídas a generais da ditadura brasileira, como se essas frases e esses generais de algum modo pudessem justificar a abominável propensão dos nossos políticos à corrupção e à covardia.