Capa do livro com cena do filme já lançado com Viggo Mortensen no papel principal
Acabo de ler “A Estrada” (Alfaguara), livro de Cormac McCarthy lançado em 2006 e que ganhou um dos mais importantes prêmios da literatura mundial: o norte-americano Pulitzer. Já escrevi aqui que gosto de ler mais de um livro ao mesmo tempo, ao menos dois: um mais intenso ou, sei lá, mais complexo e outro que exija menos concentração. Acho que um revezamento entre esses dois tipos de leitura funciona bem. Ao menos no meu caso. Então, enquanto releio as mais de 2.500 páginas de “Guerra e Paz”, vou enfiando obras mais fáceis no meio do caminho.
Comprei o livro na terça-feira. Comecei a ler as 240 páginas na quarta-feira de noitão. Como viajei a trabalho na quinta e só voltei pra casa na sexta-feira à noite, retomei a leitura de sexta para sábado. Não consegui parar. Acabei às 4h da manhã.
O drama de pai e filho em fuga num mundo pós-apocalipse é emocionante.
Em vez de narrar diretamente as cenas de um verdadeiro fim do mundo, Cormac McCarthy escolheu um núcleo ao mesmo tempo restrito e extaordinariamente amplo como o próprio universo – a relação entre pai e filho – para contar o tamanho do estrago.
Mais do que apocalíptico, o livro constrói para o leitor um mundo tão forte, honesto e sincero entre pai e filho, que no fim das contas é possível imaginar que nem mesmo a mais terrível das tragédias é capaz de romper um laço humano dessa magnitude. Na semana que antecede ao comercialíssimo Dia dos Pais, é bom poder imaginar algo assim.
Tags: A Estrada, Alfaguara, Literatura, Livros, Prêmio Pulitzer, Romance
Márcio, legal a nova cara do blog. Mais um livro que compartilhamos. Também li “A Estrada”, que parece uma mistura de “Mad Max” com “Ensaio sobre a cegueira”, vc não acha (hehehehe)? Agora estou atrás de “Meridiano de sangue”, que dizem ser a obra-prima do MacCarthy.
P.S.: Acho que vc deve saber, mas o filme “Onde os fracos não têm vez” é baseado em outro livro do autor, “Onde os velhos não têm vez”. Abração (e acompanhando vc por aqui).