Lobohomem

Um dos maiores mitos da humanidade volta este mês a ganhar espaço em nosso imaginário: o lobisomem. Não que a criatura meio homem meio lobo tenha algum dia nos deixado para sempre. Claro que não. Só que neste fevereiro, ela chega às salas de cinema. Ela novamente estará reencarnada. Desta vez em Benicio Del Toro, cujo personagem é um inglês que viaja para a América e na volta à sua terra natal é mordido por um lobisomem. O remake (o original é de 1941) é dirigido por Joe Johnston (que fez “Jurassik Park III” e “Jurassik Park IV”) e ainda tem no elenco Anthony Hopkins e Emily Blunt (“O diabo veste prada” e “Estrada maldita”).

Como já escrevi em alguns lugares aqui no site, vivi no campo um bom tempo, o suficiente para ouvir muitas histórias e crenças a respeito do dito cujo. Mas é a literatura que traz, sem dúvida, as histórias mais bem buriladas. Há um livro da editora Marco Zero que reúne contos de Alexandre Dumas, Guy de Maupassant e Walter Scott, entre outros. Para quem gosta do tema, é um prato cheio. Anote aí: “Homens, lobos e lobisomens – As histórias mais fascinantes”. Claro que há outros livros de histórias fantásticas que incluem casos de lobisomens, mas hoje quero indicar esse. Há inclusive um conto ambientado em São Paulo. Minha cotação: muito legal.

Atração

É curiosa a atração que sentimos por certas figuras mitológicas. No caso do lobisomem, não acredito que, de modo geral, exista algo que o supere. Os institutos de pesquisa deveriam perguntar: se você pudesse se tornar lobisomem por um momento sem que isso alterasse sua vida, você o faria? Acho que poucos não topariam. E acho que a muitos nem seria necessário oferecer a parte da garantia sobre o rumo da própria vida (rssss).

Lula

Para superar o Lobisomem, só mesmo Lula, essa criatura metamorfoseante que hoje conta com 81,7% de avaliação positiva, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira, primeiro dia de fevereiro. É impressionante! E Dilma já empatou com Serra, conforme os números da mesma pesquisa. Tudo por conta da popularidade de Lula. Se confirmada, essa transferência de votos poderá ser a mais clara da história da política brasileira.

Já o filme sobre Lula não rendeu o esperado. Vejam o que diz o jornal espanhol “El País” sobre o que motivou o fracasso de Lula na telona: “"O filme não convenceu por vários motivos: os brasileiros gostam de Lula na realidade, na rua, subindo em cima de um palanque, arregaçando as mangas, suando e gritando coisas como 'Vou tirar o povo da merda'”. E também: “...os brasileiros sabem tudo sobre Lula. Eles podem vê-lo e tocá-lo todos os dias. Sabem toda sua história de menino pobre, contada mil vezes por ele mesmo. De Lula se sabe infinitas mais coisas do que as que aparecem no filme". Para acessar a matéria completa no UOL, clique aqui.

Eu não fui ver o filme. Sei que para um jornalista “seria obrigatório”, mas não me senti atraído. Devo ter assistido a muitos filmes piores, pelos quais, antes, me senti atraído. Mas por este não houve aquela... química (ahahahaha). Pra mim, não se deve ir ao cinema por mera “obrigação”. A não ser, claro, que você esteja a trabalho e seja obrigado mesmo a ir. Talvez eu ainda vá ou assista em DVD, depois. Mas por ora, não deu o estalo. Paciência.

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