Enquanto no Rio, a torcida do Flamengo faz festa para receber Ronaldinho Gaúcho, eu presto homenagem a um Ronaldinho que realmente valeu a pena. Este aí da foto. Viveu 11 anos na casa da minha mãe. Ganhou vários títulos: inteligente, bonito, malandro e incansável. Nunca trocou de time. Era tranquilamente um dos melhores da seleção de cachorros da cidade. Verdadeiro atleta, só bebia um copinho de cerveja no fim do ano (verdade!). Comia o que aparecia pela frente (rs): um dia, deu oito sem tirar de dentro (oito bocadas sem tirar o focinho da vasilha de comida). Comia feijão com arroz como se fosse um príncipe. E no fim, morreu num sábado, mas não atrapalhou ninguém. Fez sempre a alegria da galera.
Realmente, ele foi um grande cachorro, um cidadão cafelandense de primeira estirpe. Sinto saudades… Outro dia, vi um anúncio do “Restaurante do Nardo”. Fiquei imaginando que, em outra dimensão, lá está o Ronaldinho pilotando uma cozinha e dilapidando a despensa… E um dos pratos, com certeza, é carne de churrasco com manga verde!