Leonardo Di Caprio vive o diretor do FBI
“J. Edgar”, de Clint Eastwood, é um drama denso e conta com uma interpretação vigorosa de Leonardo Di Caprio no papel do famoso e controverso diretor do FBI. Mas não se aproxima dos grandes filmes do diretor, como "Menina de Ouro", "Sobre meninos e lobos" e o imbatível "Os imperdoáveis".
Talvez a pegada política tenha dificultado um pouco a realização de mais uma daquelas grandiosidades de Clint. Entretanto, vale muito a pena ver. Está obviamente muito acima das porcarias que chegam aos cinemas todas as semanas.
Di Caprio mostra mais uma vez que amadureceu definitivamente para o cinema. Tornou-se já faz algum tempo um grande ator, deixando para trás o fato de ter sido "mais uma carinha bonita" nas telas. "J. Edgar" reforça ainda mais essa realidade.
As cenas de sua intimidade, incluindo a relação até certo ponto doentia com a mãe, são ótimas e mostram um ator com completo domínio de sua arte. Aliás, a direção também soube conduzir de modo sensível o romance dele com seu parceiro de trabalho.
Agora, meu Deus, em pleno século 21, as pessoas ainda parecem se sentir desconfortáveis na sala de cinema diante das cenas de homossexualidade. Riem como se fosse uma comédia. Por que será?
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