Vi três filmes em DVD no fim de semana. Três dramas. “Histórias cruzadas”, “Meu país” e “Uma vida melhor”.
Histórias cruzadas. Embora mostre pouca coisa a mais do que já foi dito sobre o preconceito racial exacerbado dos anos 1960 nos Estados Unidos, o filme tem o grande mérito de pinçar um núcleo determinado e transformá-lo num espelho revelador da sociedade norte-americana daquela época. As personagens fortes (entre elas, a atriz Octavia Spencer, vencedora do Oscar de coadjuvante) compõem também um atrativo importante. E o segredo que o livro revela sobre a torta maravilhosa feita pela empregada negra para a intragável patroa branca é sensacional!
Meu país. Eu estava a fim de ver esse filme há um bom tempo, mas acho que não tinha chegado às locadoras. Rodrigo Santoro, um empresário que vive na Itália e está com um grande abacaxi profissional para resolver, recebe a notícia sobre a morte do pai (Paulo José). Ao chegar ao Brasil para o enterro, ele se depara com um irmão viciado no jogo e a revelação de um segredo que mudará suas vidas. Não é um desses filmes marcantes. É apenas um bom filme. Do tipo que eu gosto. Um recorte dramático e sensível de certo período de uma certa família. Sem soluções definitivas. Como a vida. Tem também Cauã Reymond e Débora Falabella.
Uma vida melhor. Este é ótimo! Além de levar à telona a dura realidade de imigrantes ilegais que deixam seus países (como México e alguns da América Central) para tentar a sorte nos Estados Unidos, o filme põe pai e filho frente a frente numa comovente história de dor e superação. A obra é um exemplo claro de como não é preciso lançar mão de grandes parafernálias para se fazer algo decente para o cinema. Não sei quanto custou, mas acredito que o orçamento tenha sido baixo. E o resultado foi grandioso.
Recomendo os três.
Tags: Cinema, Comportamento, História, Oscar, Sociedade
Valeu e muito a dica Márcio.
Não tenho levado sorte nas minhas locações, e já nem sei se é porque meu feeling está fraco ou se ultimamente as produções é que estão deixando muito a desejar mesmo.