“O espião que sabia demais” (baseado em livro homônimo do escritor inglês John Le Carré lançado no Brasil pela Editora Record) é um bom filme para quem gosta do gênero. Para quem quiser saber mais sobre o livro, clique aqui e leia matéria na Folha.com.
O filme, dirigido por Tomas Alfredson e protagonizado por Gary Oldman, tem também outras grandes estrelas, como Colin Firth e John Hurt. George Smiley (Gary Oldman) é chamado de volta de sua aposentadoria do serviço secreto britânico para descobrir quem é o agente duplo que também presta serviços para os soviéticos. O filme se passa durante a chamada Guerra Fria.
Embora eu só recomende para quem gosta de filmes de espionagem, não concordo com um crítico que durante o Oscar disse que achou a obra “confusa”. Isso me faz pensar como estamos ficando cada vez mais acomodados em relação ao cinema e à literatura. O que não é mastigado, como nos ensinou Hollywood, passa a ser confuso.
Eu não assisti a muitos filmes de Gary Oldman ultimamente, mas desde “Minha Amada Imortal” que eu não o via tão bem. A indicação ao Oscar foi justíssima.
Bom, quem não está disposto a locar filme de espionagem, pode tirar “Precisamos falar sobre o Kevin”. Pra mim, um achado que consegue impor um forte apelo psicológico a um drama que perturba e aterroriza. A ação retrata uma das grandes neuroses da atualidade: o risco de a qualquer momento ser deflagrada uma matança coletiva. Aliás, também baseado em livro do mesmo nome do escritor Lionel Shriver (Editora Intrínseca).
“O espião que sabia demais”, por sua própria característica, e “Precisamos falar sobre o Kevin”, por sua crueza e realismo, são filmes que fazem pensar. Boas pedidas para fugirmos um pouco da mediocridade que assola telonas e telinhas.
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