Os dois jogos que abriram a Copa do Mundo poderiam ter sido disputados na várzea de qualquer uma de nossas cidades. Com todo respeito, claro, aos craques de nossas várzeas, que pelo menos fazem gols.
Vi uma entrevista do Sócrates por estes dias. Não sou muito lá chegado às opiniões do doutor. Acho que elas quase sempre são carregadas de negativismo. De todo modo, quem sabe, sabe: ele diz que o futebol de hoje está muito feito. É verdade, doutor. E parece não haver remédio imediato.
Dois jogos, dois gols, média de um gol por jogo. Acho que vai melhorar, sem dúvida. As grandes seleções ainda virão. A França desta Copa é claramente fraca. Aliás, nem deveria estar lá. Aquele gol de mão contra a Irlanda é uma das maiores palhaçadas que uma arbitragem já fez em Copas do Mundo. Mas é aquele negócio: os caras vão indo, vão indo e ainda são capazes de “meter o ferro na gente”, como disse um amigo meu durante o jogo.
Uruguai: não é nem sombra dos velhos times celestes que nunca deixavam de ser uma ameaça. Entretanto, no fim das contas, foi o Uruguai quem parece ter saído com uma certa moral no primeiro dia. Porque teve um jogador expulso e pôde jogar, sem pudores, se defendendo de qualquer jeito. E porque já enfrentou, sem perder, a seleção mais temida do grupo.
Parreira e sua África do Sul perderam a ótima oportunidade de sair na frente. Uma vitória sobre o México, que parecia estar encaminhada, seria meio caminho andado para a classificação. E o México, de quem muita gente esperava muito, mais uma vez mostrou muito pouco.
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