Na minha cidade havia um padre que era super moderno, isso lá pela década de 1980. Pois bem, criticavam-no. Antes dele, tinha um que era “uma peste”, segundo a língua de boa parte da população. O outro não esperava a noiva que se atrasava. E assim vai. Todos sempre têm algo a ser criticado. No caso dos papas, chegam a Vasculhar até a infância do dito cujo para achar alguma ferida que ainda possa feder.
Sobre o cardeal argentino eleito papa, já aparecem várias citações que o ligam com a ditadura, com a direita conservadora etc etc. A verdade é que se o mundo católico (ou não) quer um papa santo, pode esquecer. Porque o papa, o bispo, o aiatolá, o pai de santo e todos os outros que chegam ao topo de suas igrejas são humanos. E os humanos algum dia fizeram merda. Essa verdade incontestável, entretanto, não significa que não possam mudar e se tornar pessoas melhores. E isso serve para papas e bandidos.
Em tempo: embora eu não seja católico (nem de qualquer outra religião), também gostaria de ver um papa realmente progressista que quebrasse velhos tabus e compreendesse as transformações do mundo, mas tenho certeza de que pra mim não vai dar tempo. Porque a chamada igreja romana se mexe e se expõe como uma tartaruga gigantesca sob seu casco impenetrável. E tudo isso, cá entre nós, é perfeitamente previsível.
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