Meu livro, Parabala, recebeu vários elogios de escritores e jornalistas que já o leram. Um dos exemplares da obra, inclusive, foi levado à Europa e aos Estados Unidos pelo escritor Luiz Paulo Faccioli, que também escreve resenhas para o Rascunho, jornal literário de Curitiba. Ele leu Parabala em sua viagem internacional. “Quando estava sobrevoando Porto Alegre, já de volta, li as últimas linhas”, contou-me.
Para Faccioli, “Parabala é um ‘romanção’, no sentido daqueles que exigem grande fôlego e vão se escasseando em nossa literatura”. Diz ele tratar-se de uma trama central bem urdida que vai conquistando aos poucos o interesse do leitor. “As histórias paralelas – ‘causos’ – caem como luva naquele universo de gente simples, pouco instruída, com valores e verdades muitas vezes destoantes dos nossos”, opina o crítico e escritor. Em e-mail enviado a mim, afirma ter lido em Parabala “inúmeras passagens de rara inspiração”.
Faccioli, contudo, também faz críticas ao livro. “Não gostei de ler versos populares entremeados à prosa”, avisa. Além disso, considera que há passagens que soam inverossímeis e inadequações de linguagem em alguns trechos. De qualquer maneira, para ele, meu primeiro romance foi “bem-sucedido”.
Já Leonardo Brasiliense, vendedor do Jabuti com "Adeus contos de fadas" e autor de "Três dúvidas", "Meu sonho acaba tarde" e "Des(a)tino", entre outros livros de contos e minicontos, diz que Parabala mostra uma história forte e humana. “Forte porque prende o leitor sem tréguas. Humana porque faz surgir, numa estrutura cultural rígida, um amor que, para vingar, precisa suplantá-la, e do amor assim quase impossível faz surgir a felicidade”, explica. Para Brasiliense, a obra traz páginas de “alta literatura”.
O poeta e escritor Vitor Biasoli, cujo parecer sobre o livro me incentivou à publicação, também faz grandes elogios à obra, especialmente à linguagem utilizada: “É linguagem algo barroca, densa de poesia, que auxilia na configuração do universo rural das fazendas de café, dos homens simples do campo, das paixões e violências primitivas”.
Jornalistas também gostaram de Parabala, embora o gênero distancie-se dos chamados livros-reportagem, mais comum ao meio. A jornalista e professora de jornalismo Roseane Andrelo, por exemplo, considera que eu deixei de lado as características mais rígidas do texto jornalístico e mergulhei no universo literário com um estilo saboroso. “O livro é bem trabalhado, cativante, com riqueza de vocabulário e com criatividade, ao abandonar a linearidade e optar pela narrativa em três tempos”, avalia.
“Saboroso” também foi o termo utilizado pela jornalista Gisele Peralta para definir meu livro. “Não demorei muito para chegar à última página, pois não conseguia parar de ler: queria chegar logo ao final e encontrar um final surpreendente. Enquanto lia, sabia, o tempo todo, que o final seria surpreendente”, conta. A jornalista Cristina Camargo, por sua vez, diz que Parabala é livro para degustar. “Tem sabor. Variado. Apimentado, às vezes. Em outras, com aquele gostinho de comida caseira, reconfortante. Instiga o paladar literário de quem entra em suas páginas”, escreveu-me ela.