Aos poucos, os candidatos e candidatas a Prefeito do Rio começam literalmente a mostrar a cara e, no momento em que escrevo, alguns deles já se destacam no noticiário. Ou porque nas pesquisas têm índice mais alto de intenção de votos ou porque seus cartazes aparecem mais pelas ruas da cidade. E é aí que entra a incoerência desses candidatos com sua interpretação muito particular sobre o que seja “cuidar da cidade” ou de pensar nela como seus futuros administradores.
É proibido pela legislação eleitoral espalhar ou colar cartazes de campanha pela cidade, para preservar a estética urbana e não in(m)undá-la com faixas e papéis. Mas ao contratarem pessoas para segurarem cartazes com seus nomes e deixando-as às intempéries nas ruas, só para que seus nomes sejam lembrados na hora do voto, alguns candidatos pensam que estão dentro da lei. Como bobos eles não são, então são infratores, mesmo.
Saibam, meus caros candidatos, que dessa forma a poluição continua. As caras serão lembradas, sim, como de gente que pretende chegar à Prefeitura sem noção do que seja cuidar de uma cidade. Se não sabem nem preservá-la da poluição visual criada por seus retratos e frases clichezadas, o que dizer de poluições de outras naturezas, da segurança de seus habitantes e do princípio básico de seguir a letra da lei? Como diz em seu blog o músico PP Pellegrini, “Espero sinceramente que quem usa este recurso seja, sim, definitivamente mais visto: mais MALvisto”.
Se candidatos desse tipo são incoerentes em suas plataformas e caras-de-pau nas atitudes, que tomem seus rumos para bem longe do Rio. Há muitos mandatos que esta cidade vem sendo maltratada e precisa urgentemente de administradores que a amem e a respeitem de verdade, e não de mais prefeitos que vêem no Rio apenas um trampolim para sua carreira política. Vade retro e boa viagem!
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