Ver o filme francês “Polissia” é, ao invés de “obrigatório” (termo que não gosto porque me parece pedante), uma “obrigação” nos dias atuais, quando a exposição dos absurdos cometidos contra crianças (quase sempre dentro do próprio núcleo familiar) é terrivelmente chocante e, mais do que terrivelmente chocante, é um chamado a qualquer pessoa que não se conforma com as feridas abertas da humanidade. Read the rest of this entry »
Infância trágica, um amigo, uma irmã…
março 8th, 2014A sala dos sonhos
março 7th, 2014Meus sonhos são impressionantes.
Esta noite sonhei, em seguida, que (1º) meu pai, já bastante velho e doente, havia recuperado a saúde repentinamente e estava brigando com minha mãe para ficar com um homem, e (2º) eu estava tão próximo de uma garota por quem fui apaixonado que tentei beijá-la, mas não pudemos concluir a operação porque nossas bocas estavam cheias de poeira, os dentes rangiam com aquelas partículas de areia.
Estes e outros sonhos estavam caindo à mesa, contados por cinco ou seis pessoas. Read the rest of this entry »
Um fiapo de sangue escorre na solidão da noite
março 6th, 2014Atrás do balcão, o dono do pequeno café sente uma certa tensão ao observar o cliente da mesa cinco. Está sentado ereto, como alguém treinado a manter-se em posição adequada para preservar a coluna, a cabeça levemente voltada à esquerda, para a rua, onde uma chuva leve faz os poucos pedestres se protegerem sob os toldos. Tem meia idade, no máximo cinquenta anos. Um sobretudo cáqui incha-o além da conta. Os óculos às vezes embaçam, mas ele não os tira. O estabelecimento já se encontra vazio a esta altura. Passa um pouco das onze da noite. Read the rest of this entry »
Uma força estranha
fevereiro 26th, 2014Eu o encontrei outro dia, já nesta época de temperaturas além da conta etc. Fazia um bom tempo que não o via. Pra dizer a verdade, não é um amigo, amigo. É, digamos, um conhecido que eu respeito. Sempre me pareceu ser boa gente, além de carregar consigo uma enorme inteligência. Ao menos essa é minha impressão. Read the rest of this entry »
Beijo de moça
fevereiro 20th, 2014Na primeira vez, ela desceu os dois lances de escadas vestindo jeans e blusa branca colada à pele, um fio moreno claro de cintura à mostra. Nos pés, um salto médio. Pendurava bolsa a tiracolo. Abriu o portão, foi para a rua. Até dobrar a esquina, trinta e cinco passos, contados. Esperei. Read the rest of this entry »
Um velho caderno
fevereiro 17th, 2014Sabe aquela menina sobre quem já te falei algumas vezes? Aquela que talvez tenha sido uma paixão platônica na escola. É, essa aí. Hoje eu a vi novamente. Read the rest of this entry »
Um encontro casual
fevereiro 14th, 2014– Aêêêê, Marcião! – eu ouço a exclamação bem no intervalo entre as músicas. Acho que tinha acabado de tocar “Disparada” (com Jair Rodrigues).
Ainda meio confuso, vejo o carro estacionar no meio fio. Read the rest of this entry »
Exemplos de um mundo estranho
fevereiro 13th, 2014Será verdade essa história de que a apresentadora polêmica ganhou dos cofres públicos sem trabalhar? Não sei. Mas há muitas e muitas histórias do tipo. Por isso é bom a gente se agarrar às boas referências. Caso contrário, sei lá, afunda. Read the rest of this entry »
Um complexo debate na madrugada
fevereiro 13th, 2014Hoje. Três, talvez três e meia.
(Voz distante)
– Você ficou lá lambendo ela, puxando o saco.
(Trecho incompreensível)
- Eu... ninguém... falei...
(Mais perto, ríspido, embriagado)
- Ficou, ficou, você é um babaca, isso sim. Read the rest of this entry »
Eu protesto!
fevereiro 10th, 2014Eu não sou contra protesto nenhum. Se o cara quer ir lá e jogar bomba, que vá e jogue. Só que esse cara precisa ser responsabilizado e punido segundo a lei (principalmente quando fere, mata ou destrói). Read the rest of this entry »