“Ela”, o filme, e o tronco da bananeira

abril 4th, 2014

Eu conheci um cara que na infância tinha uma bananeira preferida. “Quando eu faço o buraco no tronco, eu converso com ela", ele me disse uma vez. "E eu a ouço quando a gente está... você sabe", ele também me disse. Veja bem o que ele me disse: "... quando a gente está". Ou seja, ele incluiu a bananeira no mundo da razão, ele deu uma consciência à bananeira. Read the rest of this entry »

Meu comentário na TV TEM sobre o viaduto de 21 anos e inacabado!

abril 3rd, 2014

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Clique aqui para ver a reportagem e, no final, o comentário

Dona Deusinha

abril 1st, 2014

A fumaça entope o ar. Na plataforma 12, encosta a primeira linha do litoral. A tampa do bagageiro range até travar com o solavanco do Borges. O cobrador já manda as malas ao chão. No acesso pela avenida, aponta o carro que desce de Belo Horizonte, enquanto os passageiros que vieram da praia seguem em fila nervosa que se estende até às bagagens. Bem ao lado, o bêbado dá a última cusparada antes de voltar ao sono inquieto, resmungando o que nunca se entende. O de Minas encosta. Desce o Mathias com h. Este é mais cuidadoso: espera pelos viajantes antes de distribuir os pertences. Ao contrário do Borges, acena e até canta um bom-dia sincero. Ela responde. Ela sempre responde a todos eles. Read the rest of this entry »

Uma velha Kombi azul

março 28th, 2014
A velha Kombi azul em foto em preto e branco de data incerta, entre fim da década de 1960 e começo da de 1970, com vários moleques, entre os quais eu (o segundo da esquerda para a direita)

A velha Kombi azul em foto em preto e branco de data incerta, entre fim da década de 1960 e começo da de 1970, com vários moleques, entre os quais eu (o segundo da esquerda para a direita)

No meio da década de 1960, meu avô, um sitiante que morava na zona rural ao lado da mulher, filhos, netos etc, comprou uma Kombi. Azul claro. Calotas brancas. Bancos cuidadosamente revestidos por umas capas de um tecido macio como o de certos tapetes. Cortininhas azuis escuras em cada uma das janelas. Na época, foi uma grande novidade. Imagine então para as crianças. Read the rest of this entry »

O chiqueirinho do elo perdido

março 28th, 2014

A discussão na Assembleia Legislativa sobre a criação de vagões exclusivos para mulheres no Metrô é quase inacreditável. Parece roteiro de um desses programas de humor que exageram nos temas desprezíveis e em suas caricaturas exatamente com o objetivo de chamar atenção para o absurdo que representam. Read the rest of this entry »

De responsabilidade e colhões

março 26th, 2014

Quantas vezes já ouvimos alguém bradar “quero ver se ele tem coragem de dizer isso na minha cara”? Esse tipo de frase e seus afins são comuns quando as pessoas se sentem ofendidas por palavras ditas longe de sua presença. Read the rest of this entry »

O que restou

março 25th, 2014

Outro dia, fomos passear pela zona rural de Cafelândia, em direção ao Tietê, fronteira com Novo Horizonte. Cafelândia é um município extenso. Deve ter em torno de sessenta quilômetros entre as extremidades mais distantes. Tínhamos a ideia de visitar umas matas que até poucas décadas atrás abrigavam animais de porte. Onça, veado-galheiro etc. Quem sabe, por acaso, um desses bichos aparecesse em nosso caminho… Read the rest of this entry »

A farra da casa grande

março 20th, 2014

Não sei se foi Balzac, mas disseram uma vez esta frase que se perpetuou (algo assim): toda grande fortuna esconde um grande crime. Talvez ficasse melhor assim: toda fortuna esconde um crime. Read the rest of this entry »

Meu comentário de hoje na TV TEM

março 19th, 2014

Para ver a reportagem e o comentário sobre o descaso com a saúde pública, clique aqui

O fôlego do vovô

março 13th, 2014

Pesquisa inédita feita pelo Ibope põe o jornal impresso como o meio de comunicação no qual os brasileiros mais confiam. O velhinho, o vovô da notícia, fica à frente do rádio e da televisão! Read the rest of this entry »