Como é triste ver certos sindicalistas se desesperarem com a possibilidade de ficar sem as mamatas que algumas entidades proporcionam a eles. Conheço sindicalistas que se entregam ou já se entregaram verdadeiramente aos objetivos para os quais suas funções foram criadas. Sindicalistas que se pautam pela ética e pelo trabalho. Mas alguns espécimes deles são patéticos. Para eles, o presidente ainda é o Médici. E pior: acham que podem enganar a todos eternizando-se em suas funções. Chegam a pedir pelo amor de Deus para que não deixem de contribuir com as mensalidades que lhes servem, também, para benefícios próprios.
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Patético
domingo, março 21st, 2010Desse jeito é complicado
segunda-feira, março 1st, 2010Não sei por quê, mas a palavra que mais tenho ouvido no noticiário diário do rádio – sou ouvinte assídua desse meio de comunicação – é o adjetivo “complicado”. Seja por pobreza de vocabulário dos repórteres, seja por sua compreensível tensão diante de uma situação trágica por cuja cobertura são responsáveis, ou simplesmente pela comodidade de lançarem mão de certos coringas da Língua, como, aliás, também vem acontecendo com o verbo “colocar”. Mas dele tratamos adiante. (mais…)
Arruda
terça-feira, fevereiro 16th, 2010A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) quer a saída ou a prisão temporária do governador José Roberto Arruda, do Distrito Federal. Bons tempos aqueles em que a palavra arruda remetia imediatamente ao famoso galhinho para afastar mau olhado. Que farra, não? (mais…)
Lobohomem
segunda-feira, fevereiro 1st, 2010Um dos maiores mitos da humanidade volta este mês a ganhar espaço em nosso imaginário: o lobisomem. Não que a criatura meio homem meio lobo tenha algum dia nos deixado para sempre. Claro que não. Só que neste fevereiro, ela chega às salas de cinema. Ela novamente estará reencarnada. (mais…)
As tragédias e a natureza
quinta-feira, janeiro 21st, 2010Em outro espaço deste site, já escrevi o que penso sobre as explicações de políticos e administradores públicos a respeito das tragédias atribuídas à natureza que atormentam nossas cidades:
Sem dar voltas, é isto: a blasfêmia ambiental do homem cuspida de volta pela natureza. Não vejo como respeitar sujeitos que se travestem de poder público e, ao longo do tempo, das décadas ou dos séculos, agem com tamanha irresponsabilidade. (mais…)
A natureza vomita
terça-feira, dezembro 22nd, 2009Os ataques terroristas na Índia e a catástrofe em Santa Catarina são de tirar o sono, a alegria e a esperança. Sobre o terrorismo, é mais um capítulo. Mas e esse verdadeiro desmanche logo ali no sul? Parece-me algo novo, sem precedentes ao menos para nós que vivemos num paraíso tropical (por favor, levem em conta que a utilização de “paraíso tropical” é bastante irônico de minha parte). (mais…)
O lixo que fica entalado
domingo, novembro 22nd, 2009Diz que eleição é como futebol e carnaval: uma festa, mas deixa muita sujeira. Além do lixo comum – dos santinhos e todos os papéis produzidos para seduzir o eleitor, sobra também o entulho humano que assume as sagradas cadeiras públicas. Fora uns e outros que podem se contar nos dedos, a pergunta é inevitável e vem do sujeito desconhecido na porta do bar: como é que se consegue juntar tanta coisa ruim? (mais…)
Entra-e-sai
sábado, agosto 16th, 2008É revoltante assistir ao entra-e-sai de políticos e comparsas investigados pelas inúmeras operações da Polícia Federal e do Ministério Público. Sim, o entra-e-sai nas cadeias. Não seria mais fácil trocar as grades das luxuosas celas por catracas, dessas de estádio de futebol? Só que catracas livres, claro. Porque os caras não chegam a esquentar o banco! (mais…)
Faroeste caboclo
quarta-feira, julho 16th, 2008Ei, Renato Russo, como é aquela mesmo? Ah, sim.
João Roberto era o maioral
O nosso Johnny era um cara legal
Pena que nunca se saberá se João Roberto teria um Opala metálico azul. Muito menos se ele pegaria no violão e conquistaria as meninas e quem mais quisesse ver. (mais…)
Perda irreparável
quinta-feira, junho 5th, 2008A repercussão da morte da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique, juntou uma série de declarações iniciadas pela tal “perda irreparável”. Sempre que morre uma personalidade, deparamo-nos com essa reação. Claro, é compreensível. Mas muito óbvia. Toda perda é irreparável. Mesmo nos anônimos mais anônimos, sempre haverá uma família em prantos pensando na perda irreparável. Se não houver família, lá estará um amigo a lamentar o vazio que ficará para sempre enquanto ele viver. E mesmo sem amigo, ao menos um cachorro ficará de orelha em pé, cabeça a pender, olhos tristonhos, sentindo-se tão só.