Posts Tagged ‘Cinema’

Medo

quinta-feira, março 18th, 2010

Depois de ver, ontem, “Ilha do medo”, fiquei com medo. Medo de ir ao cinema acreditando que ao menos Scorsese não vai decepcionar e, contrariando minhas expectativas, sair decepcionado. Filmeco. Botaram uma trilha sonora forte (no estilão de “Cabo do medo”), o que pra mim ficou parecendo uma tentativa de forçar o espectador a uma tensão que o filme não consegue impor. (mais…)

Duelo

sexta-feira, março 5th, 2010

Joseph Conrad (1857-1924), um dos meus escritores prediletos, é o autor de “Os duelistas”, livro publicado em 1908 e que em 1977 foi adaptado para a telona por Ridley Scott. O caso é aparentemente simples: dois oficiais franceses disputam uma série de duelos. Mas não é tão simples assim. Nas tintas de Conrad, o livro transforma-se numa história perturbadora entre dois homens cuja animosidade, de origem banal, mudará o rumo de suas vidas. (mais…)

quinta-feira, fevereiro 4th, 2010

São muitos os filmes cuja trama envolve o jornalismo. Desde os lendários tipo “A montanha dos sete abutres” e “Cidadão Kane” até os emocionantes tipo “Os gritos do silêncio” ou os pragmáticos tipo “O jornal”, tem muita coisa boa. E ruim, claro. Mas hoje minha dica vai para quem gosta de ver encarnada no jornalismo a esperança de que sempre é possível estabelecer critérios justos na cobertura da notícia. (mais…)

Épico

terça-feira, fevereiro 2nd, 2010

O romancista e poeta russo Boris Pasternak é protagonista de uma das mais belas e impressionantes histórias da literatura mundial. Ele escreveu “Doutor Jivago” entre 1945 e 1955, mas o romance chegaria ao público inicialmente em italiano e, claro, fora da antiga União Soviética, cujos bambambans só permitiram a publicação do livro em 1989! Simplesmente 34 anos depois de sua conclusão. (mais…)

Lobohomem

segunda-feira, fevereiro 1st, 2010

Um dos maiores mitos da humanidade volta este mês a ganhar espaço em nosso imaginário: o lobisomem. Não que a criatura meio homem meio lobo tenha algum dia nos deixado para sempre. Claro que não. Só que neste fevereiro, ela chega às salas de cinema. Ela novamente estará reencarnada. (mais…)

Velhice

sexta-feira, janeiro 29th, 2010

Ninguém sonha com ela. Ninguém a deseja diretamente. Mas, por bem ou por mal, todos de algum modo a querem. É simples: ninguém – ou quase ninguém – quer morrer. Vi outra vez o filme “Pelle, o conquistador” (Direção de Bille August, 1988, Oscar de melhor filme estrangeiro e Palma de Ouro no Festival de Cannes), com uma atuação excepcional de Max Von Sydow. (mais…)

Era uma vez

quinta-feira, janeiro 28th, 2010

Revi ontem, em DVD, um dos filmes mais brilhantes da história do cinema: “Era uma vez no oeste”. É de 1969, dirigido por Sergio Leone. Vejam a importância do romano Sergio Leone: entre outras obras, ele foi diretor-assistente de “Ben-Hur” (1959), “Quo Vadis” (1951) e “Ladrões de bicicletas” (1948). Dirigiu “Era uma vez na América” (1984), “Quando explode a vingança” (1971), “Três homens em conflito” (1966) – fantástico, eu já assisti umas cinco vezes! - , “Por uns dólares a mais” (1965), “Por um punhado de dólares” (1964) e, claro, “Era uma vez no oeste” (1968). O filme tem Henry Fonda, Claudia Cardinale, Charles Bronson (sim, ele mesmo! rssss) e Jason Robards. (mais…)

Morno

domingo, janeiro 24th, 2010

Fui assistir ao novo filme de Almodóvar. Nada que se compare aos melhores momentos do grande cineasta espanhol. Mas assim mesmo muito superior à baciada de mesmices norte-americanas despejadas nas salas de cinema e também nas locadoras. Gasta-se menos riso e menos lágrimas do que em outras criações de Almodóvar, mas ele sempre vale a pena. (mais…)

Definição da beleza

segunda-feira, fevereiro 16th, 2009


Escritores, filósofos e pensadores já escreveram tantas teorias sobre a beleza que elas muitas vezes se abraçam nas esquinas das idéias ou simplesmente tomam rumos paralelos e jamais se encontram. O caso é que a beleza, mais do que propriamente intrínseca à subjetividade, é algo superior à própria capacidade de o homem imaginar as formas que a constituem. E, por conseqüência, indefinível sob um ponto de vista concreto. (mais…)