Posts Tagged ‘Comportamento’

Homenagem ao Dia da Mulher: tetas que não esquecemos

quinta-feira, março 8th, 2012

Repito aqui crônica que publiquei em abril de 2010.

A primeira Teta que vi, claro, foi a da minha mãe. Aliás, foram as primeiras tetas. Porque, afinal, elas são duas. Mas eu não me recordo, embora eu tenha mamado até 4 anos de idade (eu sei, um absurdo!) e minhas lembranças tenham origem bem antes disso – aos 2 anos.

Curiosamente, naquela época pronunciar “teta” era quase dizer um palavrão. E pensando bem até hoje ela é pouco usual (digo a palavra - rssss), mesmo sendo antes de mais nada nossa primeira fonte de alimento. (mais…)

Um casal na multidão

quarta-feira, fevereiro 29th, 2012

Muito tempo depois, eu o encontrei. Fazia um dia quente e úmido. Ele em frente a uma loja, falando ao celular. Quando me viu, encerrou abruptamente a ligação e veio ao meu encontro. Havia certa emoção em seus olhos. Apertou-me a mão. A primeira coisa que me veio à mente foi a história que ele mesmo me contara tantos anos antes, quando morávamos na mesma cidade e trabalhávamos na mesma empresa. Eis o caso. (mais…)

Vou confessar tudo agora!

quinta-feira, fevereiro 2nd, 2012

Sempre tive dificuldades para expressar sentimentos. Bons ou maus. Muitas vezes paguei caro por isso. Em outras, talvez tenha sido a melhor opção. Cheguei a ser impaciente com pessoas “mais sensíveis”. Reclamei de prantos diante de situações que eu considerei impróprias para o pranto. Me exasperei com arroubos. Não compreendi emoções imprevistas. Reprimi o calor do coração. Hoje, entretanto, caí numa armadilha. Agora. Há poucos minutos. (mais…)

Sexo e poesia em Ipanema

segunda-feira, janeiro 16th, 2012

Num bar próximo às ondas geladas de Ipanema. Foi onde aconteceu.

Em meio ao movimento crescente do início da tarde, em meio aos passos apressados dos garçons, ao som das vozes de velhinhos animados que um dia podem até ter tomado uns porres com Vinicius de Moraes, viram-se já fechados numa redoma incerta de minutos. Apenas cinco ou seis minutos. (mais…)

O jornalismo na nossa sala

quinta-feira, janeiro 12th, 2012

As emissoras de televisão continuam intensificando a maneira informal de levar as notícias à nossa casa. Os apresentadores, cada dia mais próximos do público, quase não fazem mais os velhos relatos sob a sonoridade de vozes graves e impostadas. Já faz um tempo, eles agora conversam como se fossem interlocutores presentes bem ao nosso lado, na sala onde fica o aparelho. (mais…)

Três historinhas de chuva

quarta-feira, janeiro 11th, 2012

1. A avó
Bastava soar, distante, um trovão. Minha avó não sossegava mais. O dia inteiro. Até que, enfim, viesse a chuva. Mandava cobrir os espelhos da casa, acendia uma vela para Santa Bárbara sobre a cômoda do quarto e chamava a família inteira para passar a tempestade ao lado dela. (mais…)

Quando leram a nossa sorte

sexta-feira, janeiro 6th, 2012

“Búzios, cartas e amarração no amor.” Os folhetos foram pregados na noite passada em um batalhão de postes. São tantos, um atrás do outro, que você até se confunde. Talvez seja “Búzios, tarô e amarração no amor” ou “Tarô, cartas e amarração no amor”. Agora me fugiram o conteúdo integral e sua ordem.

Mas ao bater os olhos, a lembrança me chamou. (mais…)

Café com ética

quinta-feira, janeiro 5th, 2012

“Que importância tem a ética pra você?”, pergunta o entrevistador.

“Hmmm…”

Acho que a candidata ao emprego não compreendeu. Na minha mesa, interrompo o café por um instante. Ao perceber alguém em apuros como esse, nunca consigo permanecer alheio, deixar pra lá. (mais…)

A traição e o Cristo Redentor

terça-feira, setembro 6th, 2011

Tá a maior revolta na Arquidiocese do Rio por causa do anúncio do site Ohhtel.com, dirigido a quem quer ter relações extraconjugais. Motivo: a utilização da imagem do Cristo Redentor no outdoor. A mensagem diz: “Tenha um caso agora! Arrependa-se depois”. É até engraçado, mas a utilização do símbolo de uma religião milenar numa peça publicitária desse tipo é inadequada sim. (mais…)

O evangelho, segundo a festa gay

segunda-feira, agosto 29th, 2011

Bem à minha frente, um rapaz de uns dezoito anos talvez e uma garota quem sabe um pouco mais nova se beijam continuamente; dois ou três passos adiante, um cara alto e loiro beija a orelha de um negro e os dois dançam ao som animado de Preta Gil; muito perto de mim, uma família que inclui uma criança de dois anos assiste ao show; as crianças se divertem, os homossexuais se divertem, os heterossexuais se divertem. Eu nunca havia ido a uma parada gay. Não por preconceito, mas apenas por questões circunstanciais. Desta vez, peguei o final do evento em Bauru. E o show também (Preta é uma ótima animadora de palco!). (mais…)