Posts Tagged ‘Dostoiévski’

Leia crítica do jornalista Fabiano Alcântara sobre ‘Desrumo’

terça-feira, fevereiro 1st, 2011

Você jura que não viu o Saruípe por aí?
Fabiano Alcântara
Jornalista

Casa onde Márcio ABC nasceu, no bairro rural da Lagoa Seca, município de Cafelândia

Talvez fosse a do macaquinho ou a história do surdo, mas enquanto ouço seu Marolo, nascido Aparecido Ferreira, contar mais um causo do tempo em que dirigia caminhões, penso em como é bobagem crer que o êxito de Guimarães Rosa em levar a oralidade popular para a literatura seja uma barreira para outras experiências do gênero, como alguns críticos e autores creem.

Seu Marolo, motorista do jornal, nasceu em Guaianás. Suas histórias foram recolhidas em viagens pelo Brasil e seu jeito de falar é a prosa viva do interior recôndito. O que está em jogo não é apenas o que contar, mas como contar.

Duas obras-primas assombram “Desrumo” (Novo Século), segundo romance de Márcio ABC, lançado pelo selo Novos Talentos da Literatura Brasileira. São eles: “Grande Sertão: Veredas", do já citado Rosa, e "Lavoura Arcaica", de Raduan Nassar. (mais…)

Dostoiévski

quarta-feira, setembro 8th, 2010


Esse cara é meu amigo, as minhas ideias batem com as dele. Esse cara é 10, pode crer. Na realidade, só li Crime e Castigo, porém deu para saber que é meu brother. Como ele, sou crítico desta sociedade de merda. O ser humano pensa que é melhor que os outros seres vivos devido à sua racionalidade de merda. Coitados! Nós entramos em contradição o tempo todo. A razão é falha e não adianta fugir dos nossos desejos mais primitivos. Um dia, me canso disso tudo e jogo uma bomba nessa hipocrisia toda. Estou com fome, vou ao MacDonald’s. Volto já!

Crime e castigo

terça-feira, abril 20th, 2010

Reynaldo Bignone, o último ditador argentino, que governou o país entre 1982 e 1983, foi condenado a 25 anos de prisão por um rastro de atrocidades cometidas na época da repressão militar. Até roubos de bebês pintam a ficha do sujeito.

Agora vem o aspecto sobre o qual reflito aqui: os crimes, que incluem também torturas, sequestros e desaparecimentos de milhares de pessoas, foram cometidos de 1976 a 1978, quando Bignone era chefe de uma guarnição que também poderia ser chamada de matadouro de gente. Estamos em 2010. O carra tem hoje 82 anos. Na época, contava 50. A Argentina levou mais de meio século para condenar o ex-comandante militar e seus asseclas. (mais…)