O escritor norte-americano Philip Roth (Foto reproduzida do site da editora)
“Nêmesis” (Companhia das Letras, 200 páginas), livro mais recente de Philip Roth, se passa em 1944 durante um surto de poliomielite em Newark (EUA), cidade natal do autor. Uma obra tão paralisante quanto a doença para a qual ainda não havia vacina naquela época, em plena Segunda Guerra Mundial. Comprei o livro no sábado após o almoço e antes do almoço de domingo eu já o havia devorado. (mais…)
Li “Mingutas: correndo da carranca do carimbo, caramba!” (Editora Patuá, 144 páginas) há alguns dias e, confesso, me senti embaraçado para ousar escrever alguma coisa logo em seguida. Isso contudo não representa uma grande novidade. Porque, como já disse aqui mesmo, não sei fazer resenha ou crítica literária. Sei apenas dizer se gostei ou não, incluindo algumas observações aleatórias. No caso do livro de Edison Veiga (Para saber mais sobre autor e livro, clique aqui), essa característica se aprofundou ainda mais em meus sentidos. Porque “Mingutas...”, acredito, tem também esse propósito, ou seja, nos desconcertar. (mais…)
Na contracapa da edição de “Dez dias que abalaram o mundo” da Penguin Companhia (em associação com a Companhia das Letras) está escrito “…a obra que inaugura a grande reportagem do jornalismo moderno”. O livro, obra-prima de John Reed, foi-me enviado por um dos jornalistas mais brilhantes e inspiradores que conheço: Matinas Suzuki Jr. (mais…)
“Se Deus existir, penso que pouco se lhe dará se eu
afirmar ou negar sua existência. Não será a minha crença que irá
criá-lo, nem ele deixará de existir se nele eu não crer.”
Luiz Vitor Martinello acaba de lançar mais dois livros: “Poemas da quase religiosidade” e “Gosto dos dias de muito sol (só pra ficar na sombra)”. Seria redundância falar da qualidade e da pegada poética do escritor bauruense. A história de Luiz Vitor, que na década de 1970 começou com tudo na chamada poesia marginal e que lá pelos anos 1980 causou polêmica nacional com o poema “Final Feliz, Natal!”, é rica em versos, sátiras e emoções. (mais…)
Esse cara é meu amigo, as minhas ideias batem com as dele. Esse cara é 10, pode crer. Na realidade, só li Crime e Castigo, porém deu para saber que é meu brother. Como ele, sou crítico desta sociedade de merda. O ser humano pensa que é melhor que os outros seres vivos devido à sua racionalidade de merda. Coitados! Nós entramos em contradição o tempo todo. A razão é falha e não adianta fugir dos nossos desejos mais primitivos. Um dia, me canso disso tudo e jogo uma bomba nessa hipocrisia toda. Estou com fome, vou ao MacDonald’s. Volto já!
“Escritores em Primera Persona”, levado ao ar pelo canal Futura, é uma boa opção para quem quer conhecer, em programas curtos (meia hora), grandes nomes da literatura latino-americana. Tenho visto aos domingos, às 20h30, mas parece que a partir do próximo será às 16h.
Nomes como Carlos Fuentes, Mario Benedetti, Mario Vargas Llosa e Eduardo Lugano fazem parte do timaço de entrevistados. Eles comentam suas obras e opinam sobre vários aspectos da vida latino-americana. Não sei precisar o ano das produções. Há ao menos um entrevistado (dos que eu vi) que já morreu: Benedetti. Mas se pensarmos bem, grandes escritores como Benedetti não morrem nunca.
Abaixo, vídeo com o poema “Te quiero”, de Benedetti.
Clique no Leia mais aí embaixo para ler o poema. (mais…)
A morte de um dos maiores nomes da literatura mundial é um grande acontecimento. Um grande evento. Meu amigo Deco sempre me dizia – em nossas “noitadas filosóficas” - que a morte das pessoas quase sempre se torna um evento social. A morte de Saramago é um grande evento cultural. Dá voz mais forte a outros escritores, a personalidades da cultura, a nomes que geralmente ficam escondidos e só aparecem de tempos em tempos. (mais…)
Leonardo Brasiliense, escritor gaúcho que já venceu o Prêmio Jabuti, acaba de publicar “Três dúvidas” (Companhia das Letras, 176 páginas).
Li o livro numa única estocada. E com o coração na mão. Porque, além da profundidade da proposta filosófica (bem explicada na orelha inclusive), há ali uma tensão permanente, um fio esticado que está sempre nos ameaçando com um possível rompimento. (mais…)
Li esta semana “Quem de nós – uma história de amor”, mais um belíssimo livro do uruguaio Mario Benedetti, um dos grandes escritores do século 20. Aliás, ele fez parte também deste século: morreu no ano passado, já aos 88 anos.
Escritores como Benedetti deveriam ter prazo de validade maior. Embora, claro, sua obra certamente o eternizará. (mais…)
Joaquim era tropeiro. Atravessava o estado levando os bois, viagens de um mês, ou mais, tomando cachaça com os companheiros de lida, cozinhando em fogo de chão, dormindo embaixo de carroça, inverno, garoa, chuva, barro, frio. Naquele baile de campanha arranjou uma namorada, apaixonou-se, noivou e teve que providenciar um emprego mais estável e seguro. (mais…)