Capítulo 1
Que maus sonhos! A mãe abençoava-lhe e desejava-lhe bons sonhos, mas eram só maus, só maus. Deitava-se e logo adiante, súbito, despertava afogueado: os sonhos. Era no dia do casamento da irmã que se passavam.
Na festa, entre cumprimentos e suspiros, o véu caía-lhe, descortinando a face pálida e transformando-se em negra mortalha. Faltavam ainda duas semanas para o enlace, mas os preparativos andavam até as tantas.
Na sala, sobre a mesa escura, flamejavam os detalhes prateados das pequenas lembranças que traziam os nomes dos noivos: Isidro e Marta. A família, de certo modo, ocupava as noites com entusiasmo e já uma ponta de nostalgia. (mais…)