Posts Tagged ‘Literatura’

Dostoiévski

quarta-feira, setembro 8th, 2010


Esse cara é meu amigo, as minhas ideias batem com as dele. Esse cara é 10, pode crer. Na realidade, só li Crime e Castigo, porém deu para saber que é meu brother. Como ele, sou crítico desta sociedade de merda. O ser humano pensa que é melhor que os outros seres vivos devido à sua racionalidade de merda. Coitados! Nós entramos em contradição o tempo todo. A razão é falha e não adianta fugir dos nossos desejos mais primitivos. Um dia, me canso disso tudo e jogo uma bomba nessa hipocrisia toda. Estou com fome, vou ao MacDonald’s. Volto já!

Livro – Lorde Jim

terça-feira, setembro 7th, 2010


Joseph Conrad, autor de “Lorde Jim” e de outras obras-primas

“Assim desamparado, enfrentou o vento com tanta firmeza quanto se estivesse ancorado, e a mudança de posição fez com que num instante desaparecessem todas as suas luzes à vista do bote impelido pela borrasca. As luzes, se os fugitivos as tivessem percebido, teriam agido sobre eles como uma muda súplica – seu clarão poderia ter esse misterioso poder do olhar humano, que sabe despertar os sentimentos de remorso e piedade. Elas teriam dito, as luzes: “Nós estamos aqui… ainda aqui!”, e que mais pode dizer o olhar do mais abandonado dos homens?”

O trecho acima é de “Lorde Jim”, um dos mais extraordinários livros da literatura mundial. (mais…)

Livro – A caixa-preta

terça-feira, agosto 10th, 2010

O escritor Amós Oz, nascido em Jerusalém em 1939 (Foto obtida no site da Companhia das Letras)

Amós Oz faz de sua caixa-preta – uma caixa-preta que guarda segredos de quedas humanas, mas não quedas de aviões, apenas quedas humanas – uma saborosa composição de drama e comédia. Da saga belicosa de um escritor famoso e de sua ex-esposa rejeitada emerge um impressionante emaranhado de emoções cujas consequências levam os personagens a um universo onde cada passo os fará revelar segredos que talvez nem mesmo eles conhecessem. (mais…)

Literatura, cinema e futebol

segunda-feira, agosto 9th, 2010

1 Flip

A feira literária de Paraty acabou domingo e um dos aspectos que mais me chamaram a atenção foi o pouco caso (ou seria um mero instrumento de marketing?) que alguns escritores demonstram ao participar do evento. Não sei se é pouco caso ou pouca vontade, sei lá. O fato é que os caras vão lá e dizem que não gostariam de estar lá, que não gostam de contato com o público e por aí vai. Caralho, por que vão? (mais…)

Bate-papo com Beto Pampa

terça-feira, agosto 3rd, 2010


Capa do livro sobre música e futebol do jornalista Beto Xavier, edição da Panda Books

A jornalista Isabel Carvalho conversou com o jornalista Beto Pampa e colabora com o blog enviando o papo deles. Segue o texto:

O jornalista Beto Xavier, conhecido pelos bauruenses como Beto Pampa, construiu parte de sua carreira em Bauru, onde produzia, no fim da década de 80 e começo dos anos 90, o "Vivacidade", um dos mais ouvidos programas de notícias e MPB, que ia ao ar das 7 às 9 horas pela 96 FM. (mais…)

Estrada apocalíptica

terça-feira, agosto 3rd, 2010


Capa do livro com cena do filme já lançado com Viggo Mortensen no papel principal

Acabo de ler “A Estrada” (Alfaguara), livro de Cormac McCarthy lançado em 2006 e que ganhou um dos mais importantes prêmios da literatura mundial: o norte-americano Pulitzer. Já escrevi aqui que gosto de ler mais de um livro ao mesmo tempo, ao menos dois: um mais intenso ou, sei lá, mais complexo e outro que exija menos concentração. Acho que um revezamento entre esses dois tipos de leitura funciona bem. Ao menos no meu caso. Então, enquanto releio as mais de 2.500 páginas de “Guerra e Paz”, vou enfiando obras mais fáceis no meio do caminho. (mais…)

Grandes nomes da literatura

segunda-feira, julho 26th, 2010

“Escritores em Primera Persona”, levado ao ar pelo canal Futura, é uma boa opção para quem quer conhecer, em programas curtos (meia hora), grandes nomes da literatura latino-americana. Tenho visto aos domingos, às 20h30, mas parece que a partir do próximo será às 16h.

Nomes como Carlos Fuentes, Mario Benedetti, Mario Vargas Llosa e Eduardo Lugano fazem parte do timaço de entrevistados. Eles comentam suas obras e opinam sobre vários aspectos da vida latino-americana. Não sei precisar o ano das produções. Há ao menos um entrevistado (dos que eu vi) que já morreu: Benedetti. Mas se pensarmos bem, grandes escritores como Benedetti não morrem nunca.

Abaixo, vídeo com o poema “Te quiero”, de Benedetti.

Clique no Leia mais aí embaixo para ler o poema. (mais…)

O velho e o mar

sábado, julho 24th, 2010

Nelson Rodrigues tinha uma receita peculiar a respeito dos livros: ler poucos e muito. Ou seja, para ele, era preciso reler muitas vezes os mesmos livros. Já escrevi aqui no blog que não concordo, mas se eu tivesse de escolher alguns livros para seguir a receita, um deles seria, sem dúvida, “O velho e o mar”.

Acabo de reler a maravilhosa obra de Ernest Hemingway (edição da Bertrand Brasil que ganhei da minha segunda mãe – dona Rita). (mais…)

Em outubro…

sexta-feira, julho 23rd, 2010

… chega uma nova saga de insondáveis confins: um homem morto pode ter tanta vida quanto ninguém poderia jamais imaginar.

Uma amizade…

…incomum, funda como a alma de um poço, chega em outubro: a saga de um homem consumido pelos seus pecados e desamores.

Uma paixão…

… inesgotável como a água de um rio chega em outubro: a saga de um homem que viveu no fundo do poço e também nas nuvens.

Arquiteto da loucura

quarta-feira, julho 21st, 2010

Por aí, em meio ao desatino dessas ruas caóticas, chamam-me louco. Às vezes, sentado na sarjeta ou deitado em becos, entre latas de lixo que me abrigam do frio, pego-me a pensar: será que sou mesmo louco? Seria possível à mente humana engendrar uma farsa tão perfeita? Pode haver uma circunstância mais terrível que esta e ainda assim firmar-se como inverdade? Riem-se de minha angústia os poucos dispostos a ouvir-me. Pedem-me para contar-lhes de novo minha história, depois abandonam-me sozinho à mercê do desespero sempre pronto a exigir-me refém de seu cárcere. Em meu caminho, não se podem mais contar as ocasiões em que estive perto de pôr um fim a isso tudo. Entretanto, não tive coragem no começo, e agora já acostumei-me ao confronto. Aprendi a esperar que a turbulência violenta de meus nervos se vá e deixe-me uma vez mais com o fiapo de esperança ao qual me apego para sustentar-me à vida. Sou um desgraçado, fie-se nisto quem vier a ler-me um dia. Ser humano algum deveria merecer destino semelhante, mas aqui estou, certo de minha sina e ao mesmo tempo aterrorizado diante dela. Peço-lhe: leia-me e diga-me se estou louco. (mais…)