Importa dizer: Dino Franco, ícone da música sertaneja – considerado por muitos o maior autor vivo do gênero com 1.500 canções compostas e mais de 50 discos lançados – completou 69 anos neste 8 de setembro de 2005. Ou, como prefere dizer, abriu contagem regressiva (e implacável) rumo aos 70 anos – mais de 50 de carreira artística. Injusto passar em branco. (mais…)
Archive for the ‘Colaboradores’ Category
Fôlego sertanejo – Texto de João Pedro Feza
segunda-feira, outubro 17th, 2005A outra face do homo sapiens
domingo, outubro 9th, 2005Cachorros e gatos vira-latas são alvos de tiros e maldades variadas praticadas por pessoas consideradas normais; galos e cães são adestrados por seus proprietários para participarem de rinhas, violentíssimas e ilegais, que movimentam fortunas em apostas; no sul do Brasil, na tradicional Farra do Boi, durante a qual só os bois não fazem farra, um bando de bêbados e alucinados corre atrás dos animais pelas ruas, maltratando-os e espancando-os, alegando que a “brincadeira” corresponde à malhação de Judas, já que isso se dá na semana da Páscoa. (mais…)
Sinais do tempo – Texto de Otávio Nunes
quinta-feira, setembro 29th, 2005Tudo estava pronto para a grande festa anual dos sinais gráficos. A comissão organizadora, formada pelo cifrão ($), pelo e comercial (&) e pelos dois parênteses (( )), tinha decidido que os pontos finais não seriam convidados e, se viessem, não entrariam. "São muito chatos, a todo momento entram na conversa dos outros paralisando as frases, que ficam cortadas, sem sentido", justificou o cifrão. (mais…)
Matheus & os outros
quarta-feira, setembro 28th, 2005Virei tia-avó. Matheus nasceu em junho, mas só fui conhecê-lo em meados de agosto, em sua terra natal, Campinas. Coincidiu de ser o dia em que ia ser vacinado com uma daquelas injeções que prometem noite em claro para toda a família, bumbum ou perna duros e doídos, um pouco de febre etc. Fiquei curiosa quando soube que ele seria vacinado numa clínica, já que os postos públicos de vacinação ofereciam o mesmo serviço. Minha sobrinha, mãe do Matheus, explicou que ela soubera no posto de saúde que a vacina de lá, gratuita, provocaria mais reação e que, se ela pudesse, deveria vaciná-lo numa clínica, pagando por uma vacina que daria muitíssimo menos desconforto para seu filhote. (mais…)
Posse – Texto de Dudu Oliva
segunda-feira, setembro 19th, 2005Antes, todos nós fomos almoçar num lugar bem agradável. Comemos bastante e o sono bateu à porta dos meus pais; a minha sobrinha ficou desenhando na sala, tia V cochilava no quarto do computador e eu navegava na internet. (mais…)
O desfile – Texto de Leonardo Brasiliense
quarta-feira, setembro 7th, 2005Sete de setembro. Dia da independência brasileira. Dia de emoção. Quem não enche os olhos de lágrimas ao ouvir a banda comandar o compasso da marcha, ao sentir o bumbo no seu ritmo quase cardíaco, as botinas e sapatos batendo com força no paralelepípedo, quem não sente que faz parte de uma coisa maior, de uma história? (mais…)
O relógio – Texto de Otávio Nunes
terça-feira, agosto 30th, 2005Doriválter olhou para o calendário e notou que seu filho faria dezoito anos na semana seguinte e sentiu a saudade cortar suas veias e penetrar no coração. Não via o garoto desde que este tinha cinco anos. Na época, Dori foi obrigado a fugir de São Paulo, deixando a esposa Merileide e o menino Paulinho. (mais…)
O peão – Texto de Leonardo Brasiliense
terça-feira, agosto 30th, 2005Eram o campo, as pastagens, lentamente era uma coxilha a um tanto de outra e no meio o que não era coxilha. Era tardinha. O sol, que não se mostrara o dia todo, se acabava. Garoava. Era frio, muito frio. A garoa, o céu fechado e a hora não permitiam que se enxergasse bem, mesmo assim o jovem peão seguia o rastro de sangue das ovelhas, apesar do que já se disse e do frio que lhe queimava os pés. O jovem peão era descalço e se chamava Ari, ou Arizinho, ou Arigó, conforme quem chamasse, cada um reservando-se o direito de fazê-lo tal ou qual. (mais…)
O cachorro – Texto de Fernanda Villas Bôas
sexta-feira, agosto 19th, 2005São Paulo, junho de 1942
Os três homens voltavam para casa depois de um dia de trabalho. A vila ficava afastada da cidade e era emoldurada pela farta natureza das histórias antigas: a estrada de terra, o céu muito azul, as árvores frondosas, talvez um riacho de águas cristalinas (a descrição é um clichê, mas a realidade não). (mais…)
“Cardeneta” e Arizona solto – Texto de João Pedro Feza
terça-feira, agosto 9th, 2005O André Balieiro lembra disso tudo e muito mais…
Naquele tempo…
Uma vez desdobrou-se e comprou um kichute, o caderno de capa dura ficou para outro mês. Se Desenhocop era impensável, pelo menos as folhas de seda quebravam o galho. Outra vez assistiu Perdidos no Espaço e se intrigou com o jeito do Dr. Smith. “Nationaro Kido” era o herói. Monareta dava briga com o colega de cobranças imobiliárias, até chegarem a um acordo para pedalar nos fins de semana. (mais…)