Quase não se percebe sua aproximação. O centroavante surge do nada, confunde o passante como um Garrincha do asfalto, arranca-lhe a pasta e sai correndo. Às vezes são dois zagueiros: enquanto um agarra o incauto, o outro tira-lhe o relógio e puxa-lhe a carteira do bolso traseiro da calça, ao som do grito de guerra – Perdeu!. E somem na multidão, num trabalho perfeito de equipe. (mais…)
Archive for the ‘Colaboradores’ Category
PERDEU!
terça-feira, junho 14th, 2005Proseando contra a maré – Texto de João Pedro Feza
quinta-feira, junho 2nd, 2005Que uma parte da classe política sempre foi econômica em bons exemplos, não é novidade. Só não precisava exagerar. Por volta dos oito anos, ouvi que “político é tudo safado”. Discordo. Generalizações têm inspiração nazista, o que pressupõe a condecoração moral de poucos apadrinhados e o apedrejamento da maioria “impura”. Ocorre que quando um (apenas um) parlamentar entende que a tal coisa pública é de ninguém (quando, na verdade, é pública porque é de qualquer cidadão), então voltamos à estaca zero no quesito moralidade. Já no quesito alegoria... (mais…)
Acorrentados – Texto de Otávio Nunes
quinta-feira, maio 26th, 2005Valdemário chegou na plataforma da estação do metrô no momento em que um trem se aproximava. Enquanto as pessoas saíam e entravam na composição, ele pensou sobre o ato que estava por fazer. Não tinha outro jeito. Num só dia perdera o emprego e a namorada. Precisava tomar uma atitude. (mais…)
Amanhã eu penso nisso – Texto de Ana Flores
terça-feira, maio 17th, 2005Na última cena do clássico norte-americano …E o vento levou, Scarlet O´Hara, mulher mimada e imatura, ao ser abandonada pelo homem que a amava mas que se cansara de suas leviandades, e deixada sozinha no casarão onde moravam, leva no máximo dois minutos para se lamentar. Depois, enxuga as lágrimas e diz "Agora estou cansada. Amanhã eu penso nisso". Olhando à nossa volta ou mesmo para dentro, vamos perceber que a 'Síndrome de Scarlet O´Hara' afeta mais gente do que imagina nossa vã filosofia, até mesmo quem nem sabia que ela existe. (mais…)
O calor das festas de junho – Texto de Fernanda Villas Bôas
quarta-feira, maio 11th, 2005Estão chegando as festas juninas, a época mais gostosa do calendário. Não sei se você se comove com quentão morno e doce de batata, quadrilha e pau-de-sebo, correio-elegante e simpatia para o santo. Eu, sim. Sempre achei as juninas um exemplo cristalino de brasilidade, talvez porque elas ainda estejam imunes à mecanização do roteiro como o Carnaval. Nas festas de junho, ninguém vai desfilar na avenida à procura dos holofotes nem alimenta uma falsa euforia para segurar o pique até a Quarta-Feira de Cinzas. (mais…)
Palavras vistas de um mirante – Texto de João Pedro Feza
domingo, maio 8th, 2005Dependendo da perspectiva, os novos significados ficam até bonitinhos
Efeito Omo
Ok. Estou diante da tela em branco (?) com branco-super-branco na mente. Sem idéia do que escrever. Acho que deixei minhas idéias em Ribeirão Claro (PR) durante um último e curioso passeio de férias em abril.
Ao léo
Você vai desejar meu fuzilamento, estou enrolando mesmo, mas vou fazer assim: jogar palavras ao relento, mas não abandoná-las por completo. Levar uma sopinha de vez em quando. Adriana Falcão fez isso num livro e funcionou que é uma beleza. (mais…)
Um papo “irado” – Texto Fernanda Villas Bôas
sábado, março 12th, 2005Nasi e Scandurra falam sobre música, carreira, filhos e relação com os fãs
Como foi a entrevista
Conversei com Nasi e Edgard Scandurra por telefone, em meados de agosto de 2004, dias antes de o Ira! apresentar na Cervejaria dos Monges, em Bauru, o showzaço Acústico MTV, com mais de duas horas e meia de duração. Trechos da entrevista foram publicados na revista Todateen, da Editora Alto Astral, onde trabalho como repórter. Mas, como bastante material ficou de fora, achei que faria justiça se pudesse compartilhar uma parte com quem, como eu, adora rock nacional e considera o Ira! uma das mais importantes bandas brasileiras. (mais…)
Os 7 pecados capitais – Texto de Fernanda Villas Bôas
terça-feira, janeiro 18th, 2005O ano de 2005 vai receber as energias do 7, o número ligado à reflexão, ao autoconhecimento e à espiritualidade. Pelo menos é o que diz a numerologia, a ciência mística dos números. Em outras palavras, as pessoas estarão mais dispostas a segurar o queixo sobre o punho cerrado para pensar na vida. E para meditar. E para mudar de idéia. E para tentar melhorar… (quem sabe?). (mais…)
O tamanho do abandono
terça-feira, outubro 5th, 2004Por Willians Fausto
Em 1995, Gilmar M. Dias, chefe do setor de Comunicação Empresarial da Rede Ferroviária Paulista S/A (RFFS/A), contava em uma carta à estudante Laisa T. Ferrel o caos do sistema ferroviário no Brasil. Dizia que há vinte anos uma escassez sem fim rondava as verbas destinadas ao setor. Lembrava a estudante, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, que o último grande investimento havia sido a aquisição de locomotivas GE U20-C em 1975. Desacorçoado desde que o governo Collor reduziu a subvenção que barateava o transporte ferroviário para empresas como a Shell, Texaco, Esso e Itahum, não via outra solução que não a privatização. (mais…)
Ética no jornalismo
sábado, outubro 2nd, 2004Por Edison Veiga Junior
Ética na veia velha do jornalismo = Estética na nova nave do jornalirismo
(inquietações estudantis)
Nestes cruéis porém cruciais tempos de pós-pós-modernidade, ou seja lá que nome se dão aos bois, aos dois, aos pois e aos pós, muitos são os que advogam pelo fim da ética. Aqueles que privilegiam a estética ainda podem ter um tanto de razão (nunca nos esquecendo que toda estÉTICA contém a ética dentro de si); entretanto, os que argumentam que, se não existe verdade universal, tudo é possível, podem estar prestes a cair em grosseiro erro. (mais…)