É por essas e outras que tenho horror a modismo. Quando surge um, mesmo quem não tem a menor afinidade com ele, se deixa levar e adota-o para não ficar de fora da onda. Aliás, é justamente sobre ondas, mas do mar, que quero pôr a boca no trombone. (mais…)
Archive for the ‘Colaboradores’ Category
Querem roubar meu jacaré
domingo, janeiro 18th, 2009Quero crer
terça-feira, janeiro 13th, 2009QUERO CRER
Sei que isto não é legal, mas desconfio de todos. Não sei se estão dizendo a verdade ou representando. Às vezes, pego-me a simular como um ator de quinta; na televisão, quando alguém levanta uma causa ou expõe sua via, fico ressabiado e indagando qual a vantagem que ele leva. Reafirmo, não quero pensar que as pessoas sempre estão com segundas intenções. (mais…)
Ano-novo
sábado, janeiro 10th, 2009Sempre quando me deparo com o ano-novo, penso no desconhecido; como me deparasse com uma esfinge. Antes, queria prever os acontecimentos e não deixá-lo devorar-me, agora, resolvi que tomarei uma atitude diferente: viverei sem me preocupar; seguirei o meu destino. Porém, mesmo que nos cruzemos por aí, irei encará-lo de frente sem ressalvas e o cumprimentarei como se tivesse conhecido alguém pela primeira vez.
E-mail: dudu.oliva@uol.com.br
Rei da rima – Texto de Otávio Nunes
terça-feira, janeiro 6th, 2009O poeta português Bocage (1765/1803), cujo nome completo era Manuel Maria Barbosa Du Bocage, assoviava feliz da vida enquanto passeava pelo cais da Cidade do Porto à procura de inspiração para novo poema. De repente, um dos marinheiros o reconheceu e o saudou. (mais…)
Tropeços
segunda-feira, janeiro 5th, 2009TROPEÇOS
A cada tropeço um pensamento vai embora. O pé ao encontro de uma pedra, lá vai outro pensamento fugindo para outras bandas. Quando chega a noite e vai dormir, os pensamentos retornam cansados de tanto correr por aí, precisam descansar também. Então ele os deita em papel para que não escapem mais. (mais…)
Estava escrito
sexta-feira, dezembro 19th, 2008Quatro reis magos foram avisados que uma criança muito especial havia nascido em Belém, num local de difícil acesso. Cada um a seu jeito se preparou para a longa viagem, e três providenciaram presentes para levar ao recém-nascido. (mais…)
Repentinamente
quinta-feira, dezembro 18th, 2008REPENTINAMENTE
Vivemos em campos minados, onde tudo pode acontecer. Podemos seguir adiante ou ficarmos dilacerados. Estou em paz, sinto-me uma piscina azul transbordando. Sinto a brisa pela gradeada do quarto, por enquanto, tudo está calmo. Vou ter uma boa noite de sono... ou não. Tudo é fluxo, o infinito é um conjunto de finitos. (mais…)
Formas e Aleluia, aleluia
sexta-feira, dezembro 12th, 2008FORMAS
– É tão triste ver uma flor morta, que prefiro a de plástico.
– Sou muito mais a beleza da fugacidade do que a eternidade de um objeto descartável. A natureza é uma artista perfeita.
– Mas acho tão bonitos esses arranjos feitos de plástico reciclado. Quem retira uma coisa do lixo e faz arte é um artista. (mais…)
Espaço vital – Texto de Otávio Nunes
sábado, dezembro 6th, 2008O sonho do repórter Hélbon Dellide era se transferir para a editoria de política da revista Taturana, a maior semanal do país. Dedicado e sagaz, havia concluído recentemente sua pós-graduação em Jornalismo Político, defendendo uma tese bastante complexa, que deixou a bancada de professores em papos-de-aranha, sobre a relação (a seu ver, promíscua) entre emissoras de televisão e institutos de pesquisa de intenção de votos. Foi um furor. Só não virou livro porque ele não quis. “Pesquisei pelo bem da sociedade, não por dinheiro”, respondeu a duas editoras. (mais…)
Tecendo a rede de afetos
sexta-feira, dezembro 5th, 2008Dizem que o que acontece pela internet não parece real. Que o relacionamento afetivo virtual é artificial e quase sempre perigoso. Há quem critique a troca de e-mails entre amigos e conhecidos, muitas vezes morando a milhas de distância uns dos outros, alegando que o insubstituível calor humano ao vivo sempre foi e continua sendo o melhor e o mais autêntico carinho. Quanto a isso não tenho dúvida, mas não custa pensar nos dois lados dessa moeda tão injustiçada. (mais…)