Archive for the ‘Crônicas’ Category

Sotaque

domingo, outubro 19th, 2008

Meus amigos caipiras são tantos que nem sei. Os caipiras se atraem (rs). Puxamos a língua para trás para pronunciar o “r” e coisas assim. Para dizer a verdade, eu procuro me policiar quanto a esse detalhe, principalmente quando falo na TV. São os padrões, fazer o quê? Mas não deixa de ser curioso quando certas características são negadas com veemência, como se fosse um crime ser meio assim um “bicho do mato”. (mais…)

Meu amigo Déco

sexta-feira, julho 18th, 2008

Tenho um grande amigo que se chama Déco. Aliás, este é o apelido dele. Logo que comecei a estudar jornalismo, no começo dos anos 1980, eu era sócio de um jornal que concorria com o dele. Mas assim mesmo nos tornamos muito próximos. Amigos. Não é preciso acrescentar “de verdade” porque se o amigo não for “de verdade”, não é amigo. Passamos bons anos naqueles tempos. O Déco sempre foi um sujeito muito topetudo, como às vezes se diz daqueles que não têm medo de cara feia e muito menos das conseqüências de sua originalidade. E daí é que vem este incrível caso. (mais…)

Faroeste caboclo

quarta-feira, julho 16th, 2008

Ei, Renato Russo, como é aquela mesmo? Ah, sim.

João Roberto era o maioral
O nosso Johnny era um cara legal

Pena que nunca se saberá se João Roberto teria um Opala metálico azul. Muito menos se ele pegaria no violão e conquistaria as meninas e quem mais quisesse ver. (mais…)

Matança

terça-feira, julho 8th, 2008

As crianças são um tipo curioso de gente. Elas são cheias de vontades. Agora querem uma coisa. Daqui a pouco, outra. Sonham ser isso e aquilo, desistem logo, inventam outros desejos. Um dia, bem criança ainda, minha filha expressou seus planos para o futuro: seria cantora e vendedora de calcinhas. Incrível! (mais…)

A guerra dos mundos

sábado, agosto 4th, 2007

Assim como em “A Guerra dos Mundos”, obra visionária e espetacular de HG Wells, publicada em 1898 e que retrata a presença oculta de alienígenas sanguinários na Terra, o interior de São Paulo ou, se quiserem, o interior de todo o país vive um instante de apreensão: eles estão entre nós sem que possamos perceber. Eles, no caso, são os criminosos de grande porte (se é que posso chamá-los assim). (mais…)

Morte banalizada

terça-feira, julho 17th, 2007

As épocas sempre são sangrentas. Nos campos de batalhas ou nas ruas, as pessoas morrem sem poder evitar. Pode parecer paradoxal, mas faz parte da vida. Não se costuma dizer “é a vida” quando uma morte é lamentada? Essa história de violência, na verdade, já me traz um ar de incerteza quanto à possibilidade de seu esvaziamento. (mais…)

Escutem, Lula e FHC: ninguém merece!

terça-feira, abril 3rd, 2007

Lula e Fernando Henrique Cardoso (na foto antiga que está sem crédito porque não consegui o nome do autor) trocaram tantas farpas nestes últimos dias que eu mal posso dormir. A impressão é que minha cama está cheia de pontinhas espinhentas. Quanta besteira para um país que anda cambaleante já faz tanto tempo que nem sei. Como dizem por aí, utilizando-se desses modismos verbais: ninguém merece! O que esses sujeitos querem? Mais atenção ainda? Já não basta o espaço que a mídia tupiniquim lhes dá em detrimento de tantos assuntos importantes que são desprezados dia após dia? (mais…)

Acaso de 25 anos

quinta-feira, setembro 15th, 2005

Num prazo de 25 anos de vida, tantas coisas são possíveis! E tantas outras, impossíveis! Dá tempo de crescer e mandar no próprio nariz. Ter um filho. Ter dois filhos. E mais até. Amar e odiar muitas vezes. Concretizar mil sonhos de épocas passadas. Frustrar-se com mais mil. Formar-se profissional. Comprar um carro. Trocá-lo por outro. Quem sabe, dois ou três. Trabalhar e perder o emprego, depois conseguir nova vaga, perdê-la também e recuperá-la um dia é coisa que acontece em 25 anos. (mais…)

As duas faces da morte

segunda-feira, agosto 15th, 2005

Um provedor de internet, se não me engano o UOL, fez um anúncio por estes dias para divulgar seu serviço de e-mail e lançou mão de um velho e eficiente recurso, que dificilmente deixa de chamar a atenção das pessoas: a piada que usa a morte. O rapaz chega todo brincalhão a um certo lugar e, não tendo recebido a tempo uma mensagem eletrônica, desconhece que ali há o velório de alguém. Ao perceber o fora, ele fica encabulado, e os demais, constrangidos. (mais…)

Gosto mesmo é daqui

sexta-feira, julho 22nd, 2005

De onde eu venho, e talvez noutros cantos, há um costume curioso e passional. Os habitantes do lugar vivem maltratando a terrinha, dizendo isso e aquilo, desancam até a própria sorte, mas se uma pessoa de fora faz o mesmo, alto lá: o ar cheira a pólvora. Tal procedimento incauto do forasteiro pode ser até motivo de briga, e de briga feia, pois um acinte desse não é brincadeira. (mais…)