Archive for the ‘Impressões’ Category

Sir Elton John

quinta-feira, março 4th, 2010

Mais um caso para a série “Coisas que não sei por que ainda não tinha feito”. Pode parecer incrível para quem gosta de Elton John, mas a verdade nua e crua é que eu não tinha um CD dele com a mitológica “Skyline Pigeon” (de 1969). O curioso é que estava virando uma maldição. (mais…)

Linha

quinta-feira, fevereiro 25th, 2010

Hoje, estou usando sapato, uma calça digamos meio social e camisa de mangas longas. Geralmente, uso tênis (ou o tal do “sapatênis”), calça jeans e camisa de manga longa. Hoje enfiei a camisa por dentro. Geralmente, uso por fora. Uma amiga me disse que hoje estou “chique”. E me perguntou se agora vou seguir “essa nova linha”. Ah! Ah! Ah! Ah!

Outro dia, vi parte da reprise de uma entrevista do fantástico Paulinho da Viola. Se não me engano, foi para o “Roda Viva” (TV Cultura). Ele conta que quando gravou “Sinal fechado” (acho que em 1969), perguntaram a ele se aquela seria sua “nova linha”. Então, surpreso, responde ele com outra pergunta: “mas que linha?”

“Sinal fechado” é aquela composição linda (começa assim: “Olá, como vai? Eu vou indo e você, tudo bem?”) que o Paulinho manda de um jeito diferentão, numa toada serena, quase intimista e que traz o diálogo de dois amigos que se encontram no sinal vermelho e trocam algumas palavras, evidenciando certo distanciamento por causa da agitação da vida urbana. Profético, não? De todo modo, perguntou o Paulinho: “mas que linha?”.

É curiosa essa “cobrança” em certos casos. O cara tem que seguir determinada linha. Que linha é essa que precisamos seguir, afinal? Ora essa, e se a linha do cara for a falta de linha? Ah! Ah! Ah! Ah! Não estou me referindo ao desalinho, mas apenas à inexistência de uma linha a seguir. Hoje, posso usar tênis, amanhã, sapato, e sábado, sandália.

Seguir a mesma linha é muito chato!

Arruda

terça-feira, fevereiro 16th, 2010

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) quer a saída ou a prisão temporária do governador José Roberto Arruda, do Distrito Federal. Bons tempos aqueles em que a palavra arruda remetia imediatamente ao famoso galhinho para afastar mau olhado. Que farra, não? (mais…)

Pão e carne

quarta-feira, fevereiro 10th, 2010

Polêmica na Itália. Motivada pelo sanduíche McItaly, lançamento do McDonald's. Críticos gastronômicos da Velha Bota montam nas suas tradições e defendem que o hambúrguer não tem nada a ver com a culinária italiana. Ué, e daí? Os países devem se fechar às novas possibilidades? As pessoas que escolham o que quiserem, digo eu. (mais…)

Relação

domingo, fevereiro 7th, 2010

Os animais são impressionantes. Ontem, nossa cachorrinha (que carrega um problema sério na coluna e de vez em quando tem umas recaídas) não estava muito bem. À tardezinha, decidimos nos fazer companhia, ambos deitados no tapete do escritório. Brincamos, trocamos ideias e cochilamos. Uma terapia – acho que para os dois. (mais…)

Literatura

sexta-feira, fevereiro 5th, 2010

Os grandes veículos de comunicação – principalmente os jornais, onde a literatura se encaixa bem – costumam dar pouco espaço aos chamados novos autores. Não sei se isso é reflexo do comportamento do público ou se o público reflete a postura dos jornais. (mais…)

quinta-feira, fevereiro 4th, 2010

São muitos os filmes cuja trama envolve o jornalismo. Desde os lendários tipo “A montanha dos sete abutres” e “Cidadão Kane” até os emocionantes tipo “Os gritos do silêncio” ou os pragmáticos tipo “O jornal”, tem muita coisa boa. E ruim, claro. Mas hoje minha dica vai para quem gosta de ver encarnada no jornalismo a esperança de que sempre é possível estabelecer critérios justos na cobertura da notícia. (mais…)

À mão

quarta-feira, fevereiro 3rd, 2010

Vi uma entrevista de Nelson Motta outro dia e ele, flagrando-se admirado, refletiu sobre o jornalismo sem o Google. Para ele (e acho que pra todo mundo), algo impensável hoje. Aos 65 anos, Nelson Motta é um dos que estão na ativa e já passaram por fases bem distintas do jornalismo. Aqui eu me refiro à operação, aos mecanismos à disposição para a produção do conteúdo. (mais…)

Simples

quarta-feira, fevereiro 3rd, 2010

As melhores lições de jornalismo estão no dia-a-dia. Claro que os livros e as teorias desenvolvidas por meio de estudos, análises e pesquisas são fundamentais. Mas sem a simplicidade do cotidiano, sem o modo simples como as coisas mais complexas podem se apresentar, a teoria fica de perna quebrada.

Vejam esta: uma vez, meu amigo Déco, que tem um jornal semanal, respondeu assim a um leitor que reclamou sobre a falta de mais conteúdo no semanário dele: “O meu jornal é só pra dar uma olhadinha por cima” (ahahahahahahaha). Sensacional! Moral da história: o que poderia ser visto como algo negativo nos faz também um alerta: tudo deve ser avaliado conforme o projeto. A que o veículo se propõe? Sem projeto, o jornalismo se perde em meio a tantas possibilidades que se apresentam, tanto para quem o faz quanto para quem o consome. Com uma proposta bem definida, tudo fica mais fácil, claro e honesto para todo mundo.

E para encerrar o papo com o leitor, o Dequinho ainda deu um conselho a ele: “Se você quiser ler bastante notícia, é só comprar a Folha ou o Estadão”. Esse papo rolou numa banca em Cafelândia na década de 1980. Mais uma vez, sensacional!

Épico

terça-feira, fevereiro 2nd, 2010

O romancista e poeta russo Boris Pasternak é protagonista de uma das mais belas e impressionantes histórias da literatura mundial. Ele escreveu “Doutor Jivago” entre 1945 e 1955, mas o romance chegaria ao público inicialmente em italiano e, claro, fora da antiga União Soviética, cujos bambambans só permitiram a publicação do livro em 1989! Simplesmente 34 anos depois de sua conclusão. (mais…)