Archive for the ‘Impressões’ Category

Entra-e-sai

sábado, agosto 16th, 2008

É revoltante assistir ao entra-e-sai de políticos e comparsas investigados pelas inúmeras operações da Polícia Federal e do Ministério Público. Sim, o entra-e-sai nas cadeias. Não seria mais fácil trocar as grades das luxuosas celas por catracas, dessas de estádio de futebol? Só que catracas livres, claro. Porque os caras não chegam a esquentar o banco! (mais…)

Blablablá

domingo, julho 27th, 2008

Leio, releio, trileio: gente de todo tipo discute o futuro dos jornais, as perspectivas sombrias da literatura, o avanço da internet.

Claro que não sou contra debates que busquem vislumbrar caminhos importantes para a sociedade. Mas, cá entre nós, quanto blablablá! (mais…)

Teoria e frustrações

sexta-feira, julho 4th, 2008

A teoria da evolução – o darwinismo -, completa 150 anos neste mês. Em 1858, eram lançados os princípios do que seria uma verdadeira revolução no estudo da biologia e do próprio ser humano.

Desde então, evolucionistas e criacionistas vivem em constante embate nas esquinas da ciência com a religião. Realmente, a oposição é sempre um incômodo. Para todos. (mais…)

Coisas para pensar

quinta-feira, julho 3rd, 2008

Está na mídia. O STJ mandou pagarem a Paulo Maluf indenização por uma falsa acusação de paternidade. Oito mil reais. Maluf foi salvo pelo DNA. Como diria um amigo meu, quem quiser mais detalhes, por favor, procure num site noticioso. Este espaço, na verdade, não é para isso. O objetivo aqui são crônicas, contos, artigos e produções afins. Mas, às vezes, cai bem fuçar a realidade. Aí vai um miniconto de horror (qualquer semelhança terá sido mera coincidência): "Então, sarcástico, o doutor deixou à mostra os caninos afiados". (mais…)

Perda irreparável

quinta-feira, junho 5th, 2008

A repercussão da morte da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique, juntou uma série de declarações iniciadas pela tal “perda irreparável”. Sempre que morre uma personalidade, deparamo-nos com essa reação. Claro, é compreensível. Mas muito óbvia. Toda perda é irreparável. Mesmo nos anônimos mais anônimos, sempre haverá uma família em prantos pensando na perda irreparável. Se não houver família, lá estará um amigo a lamentar o vazio que ficará para sempre enquanto ele viver. E mesmo sem amigo, ao menos um cachorro ficará de orelha em pé, cabeça a pender, olhos tristonhos, sentindo-se tão só.

O gato

sábado, outubro 7th, 2006

Edgar Allan Poe tem em seu O gato preto um dos mais famosos contos de sua deliciosa e poética literatura de terror. Há um escritor no sul, no Rio Grande, que se diz apaixonado, assim como sua mulher também o é, pelos felinos; eles têm em casa uma siamesa. Mas, você talvez me pergunte bem agora: e daí? Pois, narro a seguir uma coincidência interessante. (mais…)

Urnas mostram inquietação do eleitorado

terça-feira, novembro 16th, 2004

O segundo turno das eleições municipais brasileiras traduziu-se numa verdadeira batalha travada entre PT e PSDB. E o resultado, indiscutível, deu aos tucanos a vitória numérica e também, digamos, no campo do status. Conquistar capitais como Porto Alegre, Curitiba e, especialmente, São Paulo foi decisivo para as ambições da nova oposição nacional. Claro que os petistas também tiveram suas glórias. (mais…)

Meninos

sexta-feira, julho 16th, 2004

O menino descalço vai pela rua. No semáforo, pede uma esmola. Na calçada, cheira uma cola. Depois, volta ao semáforo. E à calçada. Vai pela rua o menino. Daí a pouco, moço. Mais tarde, homem. Mas hoje ele só vai pela rua. Depressa encontra outro menino. Será seu companheiro de cola e de esmola. Agora vão os dois pela rua. Chutam pedras soltas, esfregam a sujeira da pele nos muros. Recebem uma moeda, comem um pedaço de pão. Vêem os carros que passam ligeiros. Para onde vão os carros? Para onde vão os meninos?

Influências

domingo, julho 11th, 2004

Agora há pouco na rua, voltando do almoço, com a Fer e a Ana Clara, saí-me com esta: - "puxa, mas que sábado sorumbático!" Um pouco antes, eu havia passado no posto de combustível, e o frentista: - "o dia está estranho..." Hoje, as nuvens entrincheiram-se no firmamento como se fossem defender-se numa guerra, um céu cinza e tristonho recobre nossa região. (mais…)

Esperança

domingo, março 14th, 2004

À minha frente, atravessam a rua duas crianças: uma garotinha de 3 ou 4 anos e provavelmente o irmão de 7 ou 8. Vão de mãos dadas os dois, sós. Lancheiras à tiracolo, caminham para a escola. 7 ou 8 anos e já com responsabilidades, olhando cuidadosamente para atravessar a rua, segurando firme a mãozinha hesitante da pequena. Embasbaca-me o potencial do ser humano. Vai, criança. Vai em frente. Quero muito te ver homem feito, feliz.