Bom, não vou discutir detalhes jurídicos do caso. Mas que é um absurdo um cara ser condenado a 22 anos e três meses pela morte de alguém e imediatamente as projeções indicarem que ele cumprirá menos de três anos em regime fechado, isso é!
Brasil, um país de todos! De todos os criminosos, de todos os espertalhões, de todos os políticos safados, de todas as bandalheiras, de todas as sacanagens que atravessam tempos, mares e desertos e aportam nesta terra acolhedora!
Não sou estudioso da política norte-americana, tampouco de sua história. Mas me parece que o Daniel Day Lewis interpreta um dos maiores políticos da história com incrível perfeição. Mostra sua capacidade extraordinária de lidar com um papel tão diferente de outros marcantes que fez em “Gangues de Nova York”, “Em nome do pai” e “Meu pé esquerdo”. O filme, entretanto, talvez empolgue mais os norte-americanos. Não é à toa que enquanto Daniel Day Lews está levando os principais prêmios internacionais de cinema, "Lincoln" está levando chumbo de "Argo", que ainda não vi. Não vi por puro preconceito (porque acho o Ben Affleck um mala) e desconhecimento (porque quando passou em Bauru eu não tinha lido nada a respeito).
Fui ver. Gostei. Não é um grande filme. Mas pode ser chamado de um bom filme, principalmente por quem gosta de Robert de Niro. Ele está ótimo, o que o resgata um pouco de muitas porcarias que fez ultimamente. Mas quem dá show mesmo é a Jennifer Lawrence. Melancólica e linda.
Nota triste: como numa sala em que estão cerca de 15 pessoas assistindo ao filme, entram duas mulheres (meia hora depois de o filme ter começado, sem brincadeira) e ficam falando a sessão inteira? A elas e a todos que fazem isso nos cinemas, vão pras putas que os pariram!
Gostei muito de Django Livre. Quem pode com um time desse?: Tarantino, Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio e Samuel L. Jackson? E aquela atriz linda (Kerry Washington)? Achei a abertura genial, com a música tema de Django (filme de 1966 dirigido por Sergio Corbucci, com Franco Nero, aquele em que ele chega arrastando o caixão). (mais…)
Não sei se acontece com muita gente, mas comigo é direto. Na locadora, gosto de pegar filmes sobre os quais não li, obras excluídas da interminável lista do besteirol hollywoodiano. Claro que às vezes é de Hollywood mesmo: privada também tem papel higiênico. Enfim, sempre acerto (para meu gosto, bem dito). E aconteceu de novo. Tirei “A primeira coisa bela”. Aliás, em italiano fica ainda mais bela: “La prima cosa bella”. (mais…)
Sean Penn: um roqueiro depressivo e uma ótima atuação
Uma coisa que me deixa muito puto é ver que um filme como “Aqui é o meu lugar” não passa em Bauru. E, claro, em muitas outras cidades do interior. Já nem sei se o problema é das empresas de cinema ou dos espectadores, cuja maioria quer ver bomba explodindo e braço voando. (mais…)
A morte da eleitora de 64 anos que caiu em Bauru por ter escorregado em santinhos deve ser investigada de modo exemplar. Acho que todos os candidatos que jogaram esse lixo nas ruas deveriam ser investigados sob a possibilidade de terem cometido homicídio culposo (aquele cujo protagonista não tem intenção de matar). Se esse episódio passar em branco, a eleição em Bauru estará manchada de sangue. Eu só respeitarei os eleitos se eles se responsabilizarem e responderem pelas consequências de seus atos.
“Ardem as montanhas sobre as minhas costas”. Assim começa o conto que dá nome ao livro “Uísque sem gelo” (Editora Movimento, 2007), do gaúcho Vitor Biasoli. Intensa e mordaz, e de uma sensibilidade desconcertante, a obra reúne doze histórias tão bem fundadas que a impressão é de um fervente caldeirão, bem ao nosso lado, sobre a brasa, exalando aquela leve fumaça que nubla nossa visão e aromas que clareiam nossos sentidos. (mais…)
Esta é minha avó. Todas as tardes, ela botava um copo d’água para benzer diante do rádio na hora da consagração; depois, ela nos dava um golinho
Não sou um crente convicto. Sempre estive longe dessa posição. Tenho muito mais dúvidas e incertezas do que fé. Entretanto, quero crer. Quase me obrigo a crer naquele rosto nobre e afetuoso, de cabelos levemente longos, que me fitava desde a pintura revestida de vidro na parede da casa de minha avó. A quem – incoerência? – sempre peço pela saúde e felicidade de minha família, de meus amigos e de todos por aí, embora eu saiba claramente dessa impossibilidade. (mais…)
A cruzada da Xuxa para esconder atos de seu passado pode ser interpretada de diversos modos. Bom, eu não quero interpretá-la. Quero apenas dizer que não dá para simplesmente passar uma borracha no passado. Nem no da Xuxa nem no meu nem no seu. (mais…)